Curso Realidade Brasileira - Juiz de Fora

Princípios

 
Princípios por quê?

Os princípios constituem as referências do ser e o querer deste coletivo que estamos constituindo aqui. Eles dão origem, orientam o destino, indicam o ponto de chegada e a continuidade da realização dos objetivos propostos.

São considerados princípios tudo aquilo que é fundamental para construir o caminho que leva ao objetivo e a continuidade da causa. Eles podem ser de ordem filosófica, política, histórica, pedagógicos, organizativos, metodológicos etc.

Em nosso caso tomaremos inicialmente dois aspectos: políticos e organizativos que nos permitirão estabelecer as referências básicas da realização do Projeto Popular para o Brasil.

 

 

O 2º Curso de Realidade Brasileira da Zona da Mata é orientado por 9 princípios:

1. Princípio da ação política e da luta de classes


Os processos revolucionários reúnem de um mesmo lado todas as forças que encontram em si mesmas e na realidade dos fatos motivos para lutar. Sem a presença de ações do povo não há motivação para a revolução e nem se desencadeiam processos revolucionários. Sem ação não pode haver revolução.
O princípio da ação e da luta de classes é a primeira referência para se pensar a revolução. Sem lutas não há conflito e sem conflitos a revolução não se coloca em marcha.

2. Princípio da organização política


A organização é o instrumento necessário para assumir e impulsionar as mudanças. A organização é decorrente da mobilização social. É uma necessidade do movimento espontâneo e da luta de classes. Sem organização política, os esforços são desperdiçados. A organização é o conjunto de pessoas fundidas pelas mesmas idéias. Sem organização não há condução correta em todas as fases da luta para atingir objetivos estratégicos.
A organização é a expressão das lutas populares e de classes.

3. Princípio da disciplina consciente


A disciplina consciente é parte do comportamento e dos valores dos militantes. Ela é, antes de tudo, uma opção e decisão pessoal e coletiva de cada organização, interior e determinada, dedicada à causa da revolução. Não pode ser pensada como uma imposição externa: a disciplina é antes de tudo o cumprimento dos acordos coletivos. É por ela que os militantes ganham a confiança do povo e da organização. Falhar por fraqueza é uma fatalidade, mas falhar por indisciplina é desrespeito ao coletivo. Respeitar o coletivo é acima de tudo ser responsável com as decisões coletivas.
Ser disciplinado é atuar com naturalidade, pois ela significa expressão da própria consciência e da própria vontade. Participar da luta e da revolução é um prazer não um martírio.
Para os conscientes, a disciplina é um hábito, para os indisciplinados ela é um incômodo.

4. O princípio da coerência


O princípio da coerência diz respeito a sintonia que deve haver entre o pensamento e a prática organizativa, entre as convicções proferidas e a vida concreta, entre o dizer e o fazer. A organização é a expressão da classe, nela está a sua referência, não pode haver disparidade entre a vida da classe, a vida da organização e a de seus dirigentes.

5. O princípio da Coordenação Coletiva


A coordenação coletiva se configura na formação, construção, distribuição e no exercício do poder dentro das instâncias.
A coordenação coletiva descentraliza o poder de tomar as decisões, coloca a organização acima da importância das pessoas e dos cargos que ocupa.

6. O princípio da divisão de tarefas


Dividir as tarefas é vincular a teoria com a prática. A execução das tarefas ajuda a capacitar e a desenvolver a consciência política. Além disso, permite com que a maioria da militância participe ativamente do processo de transformação.
As tarefas são distribuídas de acordo com as capacidades individuais e coletivas.

7. O princípio do cuidado com os símbolos e com a mística


A mística é uma maneira de, através de outras linguagens, interligarmos teoria e prática, passado, presente, e futuro. È uma forma de lembrarmos sempre porque estamos aqui, os motivos pelos quais estamos lutando, o sentido de nossa luta. Os símbolos compõem o espectro imaginário da organização Através deles são unificadas as intenções e as expectativas. Por meio do resgate da nossa cultura, da nossa história e memória coletiva e dos símbolos, fortalecemos a unidade em torno do projeto político.
Da mesma forma, a mística deve ser vista como motivação, vontade, disposição e satisfação de ser parte da grande coletividade em luta. É o alimento da pertença, do querer ser e estar junto.

8. O princípio do respeito e do cuidado com a vida


Humanismo e companheirismo nas relações, cuidado em situações de doença ou situações pessoais de limites materiais ou subjetivos; respeito à dignidade pessoal, proteção da biografia dos companheiros e companheiras, etc. Dessa forma, devemos estimular o ambiente de companheirismo, confiança e respeito mútuo na realização do CRB.

9. O princípio da autogestão

Ao contrário do que muitos pensam a autogestão não é um “método de gestão de empresas” e, tampouco uma “forma política”, é uma forma de estruturação da sociedade.

Sendo assim, o Curso, a partir da sua organicidade, busca distribuir tarefas “desalienadas” e coletivas, além de fomentar relações que não se pautem na exploração e na desigualdade. Isso, consequentemente, deve refletir na nossa prática militante de compromisso e respeito com o grupo, de responsabilidade coletiva com a realização do próprio CRB e de um relacionamento não hierarquizado entre cursistas, professor e aluno, etc.
É um pouco do que gostaríamos de trazer para a reflexão nos grupos. Estamos convictos que esse coletivo fará grandes transformações, participará de processos que com certeza nos levarão a realizar a Revolução Brasileira.
E já estamos fazendo-a dia a dia, cada organização e cada militante aqui presente. Que construamos um coletivo aqui com princípios, práticas, valores e conteúdo político do novo mundo que queremos para todos e todas.

Pátria Livre! Venceremos!


 

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